Samarco, Vale e BHP assumem responsabilidade por tragédia em MG

Em coletiva realizada na última segunda-feira, 29, representantes da Samarco, Vale e BHP comentaram tragédia que completa um ano em novembro

No dia 5 de novembro completa-se um ano do crime ambiental que destruiu o vilarejo de Bento Rodrigues, em Mariana (MG). Desde então, pela primeira vez, a mineradora Samarco e as empresas Vale e BHP Billiton – que respondem pela barragem do fundão, reconheceram a responsabilidade pela ruptura do reservatório.

Os presidentes das empresas, Roberto Carvalho (Samarco), Murilo Ferreira (Vale) e o diretor da BHP, Dean Dalla Valle, não comentaram os resultados das investigações. Perguntas dos jornalistas não puderam ser feitas aos três.

Na tarde da última segunda-feira, 29, as empresas realizaram um pronunciamento em Belo Horizonte, que contou com a presença dos presidentes da Samarco, Vale e do diretor comercial global da BHP. Eles comentaram sobre as causas do acidente que matou 19 pessoas e considerado o maior desastre ambiental registrado no país.

Crime ambiental resultou na morte de 19 pessoas em novembro de 2015

Na coletiva, os participantes pediram desculpas pela tragédia, sobretudo aos familiares e amigos das vítimas, além dos danos causados ao meio ambiente.

Investigação própria

O encontro foi organizado para as mineradoras apresentarem os resultados de uma investigação própria sobre a tragédia. Apesar disso, evitaram apontar culpados pelas falhas ocorridas e outros temas referentes ao funcionamento do reservatório, inaugurado em 2008. Na ocasião, os jornalistas convidados foram orientados a não perguntarem sobre questões envolvendo o desastre

As mineradoras apresentaram os resultados de uma investigação própria sobre a tragédia, mas evitaram falar em culpados pela série de falhas de projeto e operação ocorridas desde o início do funcionamento do reservatório, em dezembro de 2008. No evento, jornalistas foram orientados a não fazer perguntas sobre as responsabilidades no desastre de Fundão.