‘Se ele errou, terá que pagar’, diz Bolsonaro sobre Flavio

A declaração do presidente foi feita em entrevista à agência de notícias Bloomberg

Jair Bolsonaro comentou as denúncias envolvendo seu filho, Flavio
Créditos: Reprodução / Facebook
Jair Bolsonaro comentou as denúncias envolvendo seu filho, Flavio

O presidente Jair Bolsonaro disse, em entrevista à agência de notícias Bloomberg, em Davos, na Suíça, que se seu filho, o senador eleito Flavio Bolsonaro, errou e isso for provado, ele terá que pagar o preço por seus atos.

“Se por acaso ele errou, e isso for provado, eu me arrependo como pai, mas ele terá que pagar o preço por essas ações que não podemos aceitar”, declarou o presidente. O senador eleito e outros 26 deputados estaduais com assessores são alvo de investigação por improbidade após relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Ainda durante a entrevista, Bolsonaro afirmou que fará a reforma da previdência com mudança “bastante substancial” e adotando a idade mínima. Segundo o presidente, entre a reforma apresentada e a aprovada pelo Congresso, o governo espera “pequenos ajustes”.

Para ele, a reforma interessa aos governadores dos estados devido à situação financeira do país. Jair Bolsonaro ainda declarou que deverá concluir em breve um estudo sobre privatizações e que boa parte das empresas estatais será transferida à iniciativa privada.

Discurso em Davos

O presidente Jair Bolsonaro abriu as discussões da sessão plenária do Fórum Econômico Mundial, nesta terça-feira, 22, em Davos, na Suíça. Ele é o primeiro representante de uma nação sul-americana a abrir o evento. A viagem internacional também é a primeira realizada por ele em sua agenda como presidente do Brasil.

O depoimento de Bolsonaro foi um dos mais aguardados do fórum em função da ausência de líderes mundiais, como Donald Trump, dos EUA, e Xi Jinping, da China. Sua fala teve duração de 6 minutos e 36 segundos — o tempo reservado a ele era de 30 minutos — e destacou, sem detalhes, algumas das transformações que deseja fazer para o Brasil. Entre elas, o combate ao crime e à corrupção, a redução do viés ideológico e da carga tributária, a abertura do país para parceria bilaterais e a preservação do meio ambiente.

“Assumi o Brasil em uma profunda crise ética, moral e econômica. Temos o compromisso de mudar a nossa história”, disse o presidente durante seu discurso.

Após sua fala, Bolsonaro respondeu a questões de Klaus Schwab, fundador do e presidente-executivo do Fórum Econômico Mundial. No Twitter, o presidente destacou sua satisfação em participar do fórum: