Secretário de Direitos Humanos do RJ afirma acreditar na ‘cura gay’

Com informações do jornal O Globo

Em entrevista ao jornal O Globo, o secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, pastor Ezequiel Teixeira, desmentiu acusações e reforçou algumas convicções pessoais. Ao explicar as razões do fechamento de quatro centros de assistência à população LGBT e da suspensão do serviço de teleatendimento, ele afirmou acreditar na “cura gay”.

O pastor disse ser contra o casamento homoafetivo e comparou a homossexualidade a doenças como Aids e câncer. “Eu não creio só na cura gay, não. Creio na cura do câncer, na cura da Aids… Sabe por quê? Porque eu sou fruto de um milagre de Deus também”, declarou Teixeira, que assumiu a secretaria no fim do ano passado e é filiado ao Partido da Mulher Brasileira (PMB).

Considerado um sucesso desde que foi desenvolvido em 2007, o projeto Rio Sem Homofobia, que está praticamente sem funcionar e já demitiu quase 80 funcionários, é subordinado à sua pasta.

O pastor causou polêmica por suas declarações

Na entrevista, o secretário negou que seus valores religiosos influenciem nas ações políticas e atribuiu os problemas enfrentados à crise financeira do Estado do Rio de Janeiro. Ao jornal, ele também destacou “os incomodados que se mudem” e que as suas “posições pessoais já eram conhecidas antes de assumir a secretaria”.

Teixeira afirmou ainda se sentir vítima de intolerância por ser identificado apenas por sua trajetória como pastor e garantiu respeitar todas as opiniões e posições, inclusive contrárias às dele.

De acordo com o coordenador do Rio Sem Homofobia, Cláudio Nascimento, é “incompatível” o secretário ocupar uma pasta de direitos humanos. A antecessora no cargo, Teresa Cristina Cosentino, tinha como uma de suas bandeiras centrais a questão LGBT.

Leia a entrevista na íntegra.