Senado chileno aprova lei que permite aborto em caso de estupro

O Chile é um dos setes países que perseguem a interrupção da gravidez em qualquer circunstância
Créditos: Getty Images/iStockphoto
O Chile é um dos setes países que perseguem a interrupção da gravidez em qualquer circunstância

O senado chileno tomou uma decisão histórica nesta quarta-feira, 19. A casa aprovou um projeto de lei que descriminaliza o aborto nos casos de risco de vida para a mãe, inviabilidade fetal e estupro. As informações são do El País.

O projeto ainda deverá ser votado na Câmara dos Deputados. Só assim o Chile deixará o restrito clube de nações que perseguem a interrupção da gravidez em todas as circunstâncias: Nicarágua, República Dominicana, El Salvador, Haiti, Malta e Honduras são os outros países.

“É uma manhã histórica”, afirmou a presidenta Michelle Bachelet. “O que esta lei permite é que sejamos um país onde as mulheres diante de diversas situações possam tomar a melhor decisão possível.”

O aborto é crime em qualquer circunstância no Chile desde setembro de 1989, quando o ditador Augusto Pinochet, decretou: “Não poderá ser executada nenhuma ação cujo fim seja provocar um aborto”.

Segundo o El País, a iniciativa aprovada pelo Senado chileno pretende descriminalizar um pequeno porcentual dos cerca de 70.000 abortos realizados anualmente no Chile, apesar de sua ilegalidade, livrando milhares de mulheres que recorrem à prática clandestina de aborto de abusos, como a realização do procedimento sem anestesia e até o pagamento da cirurgia em forma de favores sexuais.

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