Sofremos preconceito por todos os lados, diz ator Silvero Pereira

Ator que dá vida à travesti Elis Miranda falou sobre o preconceito que cerca principalmente as pessoas trans

Cena marcante de “A Força do Querer”

Uma cena forte impactou quem assistiu a um capítulo da novela “A Força do Querer”, na qual a travesti Elis Miranda é expulsa de casa.

Por pressão social, ela ainda não assumiu a sua identidade verdadeira e precisa viver como o motorista Nonato, mostrando um pouco das dificuldades da população LGBT.

E o ator que dá vida ao personagem sabe da importância do trabalho. “Eu estou bem feliz pelo fato de a personagem estar conseguindo um diálogo direto com o público. Sempre foi um objetivo fazer com que meu trabalho tivesse uma relação com a sociedade. Então, é gratificante um papel desse na TV aberta. Estou ouvindo as pessoas falando sobre transexualidade e discutindo esse tema”, disse Silvero Pereira em entrevista ao jornal O Globo.

Não é a primeira vez que ele dá vida a uma travesti: desde 2002, Pereira interpreta Gisele Almodóvar no espetáculo “Uma flor de dama”.

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Apesar de dizer que, até o momento, a maioria do público deu um retorno positivo em relação à sua personagem na novela, ele lembra que também foi vítima de preconceito:

“A gente sofre preconceito de todos os lados, por ser pobre, nordestino, estudar em escola pública, ter cabelo comprido e tatuagem, não só pela sexualidade”, disse na mesma entrevista.

Mesmo assim, ele diz que conseguiu passar por uma das fases mais difíceis da vida de alguém do grupo LGBT: a escola. “Muitas não resistem a essa fase da vida por conta da opressão”.

Pereira disse ainda que o seu primeiro dia na Globo foi “assustador”, mas que se manterá na TV se tiver oportunidade. “Eu estou num momento bem apaixonado pela televisão”.

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