Tabata Amaral acusa ministro Weintraub de divulgar seu telefone

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A deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) afirmou que vai recorrer à Justiça contra o ministro da Educação, Abraham Weintraub. A acusação é de que o ministro teria divulgado o número de telefone pessoal da parlamentar durante uma audiência pública na manhã desta quarta-feira, 22, na Câmara dos Deputados.

“Queria dizer que estou entrando com um processo por danos morais contra o senhor por distribuir, em uma comissão pública, prints [material impresso] com o meu número pessoal, da minha equipe, com mentiras. Isso não é atitude de um ministro”, disse a deputada.

Tabata Amaral vai denuncia ministro Weintraub por ele ter divulgado seu telefone pessoal
Créditos: reprodução/Instagram
Tabata Amaral vai denuncia ministro Weintraub por ele ter divulgado seu telefone pessoal

Tabata exibiu um papel que teria circulado na Câmara. Nele, é possível ler o título “tentativas de contato” ao lado de uma montagem de um telefone celular com os dizeres “tentativa 01: 13/03/19”.

A UOL confirmou com parlamentares que estavam presentes que a assessoria do ministro de fato fez a distribuição desse documento.

O ministro chegou a afirmar que teria procurado por Tabata para reuniões no Ministério da Educação (MEC). “A sua equipe talvez não tenha passado, mas aí é uma questão de gestão da equipe da senhorita”, disse o ministro.

Em resposta, a deputada afirmou que os únicos convites feitos a ela partiram do ex-ministro, Ricardo Vélez Rodríguez, que deixou o MEC em abril. “O senhor não tem o direito de questionar a minha gestão. Ao contrário do senhor, eu conheço e confio na minha equipe”, disse Tabata.

Pelo Instagram, a parlamentar publicou um vídeo da discussão entre eles:

“Cobrei planos, metas e ações do MEC. O ministro respondeu divulgando meu número de telefone pessoal e tentando manchar a minha imagem e a da minha equipe. Usou comigo dos mesmos mecanismos que emprega na análise dos problemas da educação: polemiza, manipula informações, e mente. Isso não é atitude de ministro.”