Publicidades brasileiras pela mulher que são aplaudidas no mundo

Neste Dia da Mulher, emocione-se com vídeos pela igualdade de gênero, contra os estereótipos e pelo empoderamento feminino

Como parte das comemorações pelo Dia Internacional da Mulher, o projeto Causando – uma parceria da Catraca Livre e do Instituto Carrefour – reuniu campanhas inspiradoras pela igualdade de gênero, pelo empoderamento feminino e contra os estereótipos.

Escolhemos seis exemplos de campanhas de agências brasileiras ou lideradas por publicitários brasileiros que foram aplaudidas no mundo: Ogilvy & Mather, Santa Clara, Africa,  Mutato, F/Nazca S&S e David.

Dove

Em Retratos da Real Beleza, a marca de higiene pessoal e beleza Dove explora o hiato entre como os outros vêem as mulheres e como elas próprias se percebem.

Para isso, em vídeo, cada mulher foi tema de dois retratos desenhados por Gil Zamora, artista forense treinado do FBI. Um era baseado na descrição da própria pessoa. Outro, por meio das observações de um estranho.

A campanha, de autoria da agência Ogilvy & Mather, foi lançada em 2013.

quem disse, berenice?

A marca de cosméticos quem disse, berenice? decidiu questionar, em 2015, o excesso de nãos na vida das mulheres. E entrou na campanha contra estereótipos de gênero.

No vídeo, desenvolvido pela agência Santa Clara, elas riscam (pre)conceitos, como “ser chefe não é pra mim”, “pagar a conta não é pra mim” e “cabelo curtinho não é pra mim”.

Avon

O que você deixou de fazer por ser mulher? A campanha #PorqueSomosMulheres, da Avon, buscou discutir as limitações que mulheres enfrentam pelo simples fato de serem mulheres.

Microdocumentários retrataram vitórias, conquistas e batalhas de mulheres inspiradoras. No Twitter e no Instagram, a marca estimulou depoimentos e reflexões.

Lançada em março de 2016, a campanha foi criada e executada pela agência Mutato.

#MyGameMyName

A agência Africa desafiou youtubers de games brasileiros para jogarem uma partida com um nick ou apelido feminino, numa ação batizada de #MyGameMyName.

O que aconteceu foi a comprovação da tese. Os youtubers passaram pelas situações de assédio e opressão vivenciadas pelas jogadoras.

Frases como “Cala a boca, você é uma menina” e “Direitos das mulheres não existem” foram ouvidas aqui e acolá. Assim como “Seu lugar é na cozinha: fique lá” e “Sua puta”.

Depois de sentirem na pele os efeitos de ser uma mulher, os gamers gravaram um vídeo. E enviaram um recado para os seus milhões de seguidores: a necessidade urgente de todos promoverem mais respeito e igualdade no mundo virtual.

A ONU Mulheres, agência das Nações Unidas para a igualdade de gênero e os direitos humanos das mulheres, também entrou nessa partida, em janeiro deste ano. Diante da necessidade de virar o jogo e promover mudanças dentro da indústria de games, anunciou seu apoio ao movimento #MyGameMyName.

 Skol

Marca repagina campanha após comentários de consumidores
Créditos: Divulgação
Marca repagina campanha após comentários de consumidores

Em uma ação rápida, a marca tirou uma campanha de circulação – a “Deixe o não em casa”, que havia gerado polêmica – e lançou mão de uma educativa. Desta vez, sobre respeito no Carnaval, elaborada pela agência F/Nazca S&S.

Saiu o “esqueci o não” e entraram novas frases, como “Não deu jogo. Tire o time de campo” ou “Quando um não quer, o outro vai dançar”. As peças traziam ainda a assinatura: “Neste Carnaval, respeite”.

Magazine Luiza

Em briga de marido e mulher se mete a colher, sim. Este foi o mote da campanha do Magazine Luiza, lançada no Dia Internacional da Mulher do ano passado, elaborada pela agência David.

Na luta contra os relacionamentos abusivos, a rede começou a vender em seu site e lojas uma colher por R$ 1,80. O valor tinha razão de ser: foi bolado em referência ao Ligue 180, a Central de Atendimento à Mulher.

Todo o dinheiro seria revertido para a ONG Mete a Colher e para o Instituto Patrícia Galvão. As instituições têm como objetivo dar assistência às mulheres que passam por alguma situação de violência doméstica.

Neste ano, a empresa lançou um botão para denunciar atitudes violentas e agressões contra mulheres. O botão será uma funcionalidade permanente do aplicativo do Magalu, que já conta com mais de 26 milhões de downloads.

Por meio do botão de denúncia, qualquer pessoa poderá ligar diretamente para o 180. A ação para o Dia Internacional da Mulher também foi desenvolvida em parceria com a agência David.

Catraca Livre criou o projeto Causando, apoiado pelo Instituto Carrefour, para mostrar como as marcas desenvolvem e assumem causas.

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Em parceria com qsocial