Assassinato de Marielle virou uma bomba para Jair Bolsonaro

Não há nenhuma evidência – repito, nenhuma – de que a família Bolsonaro tenha qualquer envolvimento, por menor que seja, no assassinato de Marielle Franco.
Mas é uma bomba na família Bolsonaro por um motivo.
Não apenas porque Flavio Bolsonaro empregou a mãe e a mulher de um dos suspeitos – Adriano Magalhães – , mas porque a familia, a começar do pai, sempre fez elogios aos milicianos.
O caso ganha destaque hoje com a Operação Intocáveis com a prisão de vários milicianos, 5 deles suspeitos da morte de Marielle – dois deles homenageados, no passado, pela família Bolsonaro.
Lembremos que, na ocasião da morte de Marielle, Jair Bolsonaro ficou em silêncio.

Veja esse trecho do O Globo.

Defensor da revogação do Estatuto do Desarmamento e da distribuição de fuzis para produtores rurais, posições manifestadas ao longo desta pré-campanha eleitoral, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) também já mostrou simpatia a outro tipo de estrutura armada: as milícias , que, no Rio de Janeiro, controlam comunidades mediante a extorsão de moradores, tortura , homicídios e, mais recentemente, explorando até o tráfico de drogas . Em pelo menos duas oportunidades em 2008 — época em que os paramilitares já eram violentos —, o deputado federal relativizou a atuação ou defendeu a legalização dos grupos. Dez anos depois, ele diz que as milícias, “que tinham plena aceitação popular”, se “desvirtuaram”.