Até Bolsonaro já detona seu guru, o filósofo Olavo de Carvalho

Por: Redação

Pela primeira vez, Jair Bolsonaro criticou seu guru, o filósofo Olavo de Carvalho.

Ele disse que as críticas do filósofo “não contribuem” com o governo.

“Suas recentes declarações [de Olavo de Carvalho] contra integrantes dos poderes da República não contribuem para a unicidade de esforços e consequente atingimento de objetivos propostos em nosso projeto de governo”, afirmou Bolsonaro em nota oficial.

A nota foi lida pelo porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros.

Olavo de Carvalho foi um dos responsáveis pela maior gafe de Bolsonaro nas redes sociais.

O presidente publicou vídeo em que o guru faz ofensas graves aos militares e ao golpe militar.
Não apenas ofensas, mas absurdos históricos, como dizer que os militares ajudaram a colocar os comunistas no poder.
O presidente publicou em seu perfil um vídeo de Olavo de Carvalho, seu guru e de seus filhos.
Nele, o filósofo diz que, que os “milicos” nas últimas décadas só fizeram “cagada”.
“Esse pessoal subiu ao poder em 1964, destruiu os políticos de direita e sobrou o quê? Os comunistas, que tomaram o poder. Eles dizem: ‘Livramos o país dos comunistas’. Não, eles entregaram o país ao comunismo.”

“Se tivessem vergonha na cara, confessariam seu erro, mas é só vaidade pessoal, vaidade grupal e vaidade esotérica. Os milicos têm que começar a confessar os seus erros.”

“Essa é a lei de Cristo. Primeiro, os seus pecados. Depois, os dos outros. Criaram o PT e não têm coragem de confessar.”

Mais:
“Todos querem entrar na elite, não derrubar a elite. Tudo o que querem é ficar em Brasília, brilhar e embolsar o dinheiro do governo”.

Ou seja, além dizer que comunistas ajudaram a esquerda – o que é um absurdo histórico -, Olavo atacou o golpe militar e, para completar, afirma que os só têm interesse no “dinheiro” do governo, ou seja, nenhum patriotismo.

Com essa publicação, Bolsonaro apenas mostrou aos seus próprios colegas de fardas sua irresponsabilidade como governante.

Além de suscitar desconfiança entre os militares, por ser discípulo de um sujeito que, para muitos generais, é apenas um lunático.

Diante da repercussão, o post sai do ar.