Carlos Bolsonaro: Mourão está no seu “último suspiro de vida”

Por: Redação

Difícil exatamente o que Carlos Bolsonaro quis dizer ao afirmar que o vice Hamilton Mourão está em seu “último suspiro de vida”.

Em seu perfil no Twitter, o filho de Bolsonaro divulgou uma entrevista em que Mourão afirma que a oposição contra Nicolás Maduro na Venezuela “tem que estar” desarmada.

Isso para evitar uma “guerra civil” no país, o que seria “horrível”.

Daí vem o comentário de Carlos Bolsonaro

“Quando a única coisa que lhe resta é o último suspiro de vida, surgem estas pérolas que mostram muito mais do que palavras ao vento, mas algo que já acontece há muito. O quanto querer ser livre e independente parece ser a maior crueldade para alguns”, escreveu o vereador.

Nota da Veja:

Desde a última segunda (22), Hamilton Mourão tem recebido telefonemas e mensagens de apoio de oficiais do Estado-Maior e também de generais que ocupam cargos no primeiro escalão do governo Bolsonaro.

Se já não suportavam as investidas do “astrólogo” Olavo de Carvalho, a reação pró-Mourão entre a turma verde-oliva ganhou corpo com os ataques diretos de Carlos Bolsonaro, outro não bem digerido pelo grupo.

Olavo de Carvalho usou publicações de Carlos e Eduardo Bolsonaro para rebater as declarações de Jair Bolsonaro de que ele era o “inimigo do governo”.

Na postagem compartilhada pelo guru do bolsonarismo, os filhos de Bolsonaro dizem que Olavo é “uma gigantesca referência do que vem acontecendo há tempos no Brasil”.

“Desprezar isto só tem três motivos: total desconhecimento, se lixando para os reais problemas do Brasil ou acha que o mundo gira em torno de seu umbigo por motivos que prefiro que reflitam”, dizem os Bolsonaros.

Ontem, Bolsonaro divulgou uma nota para tentar estancar a crise envolvendo Olavo e o vice-presidente Hamilton Mourão. O presidente mandou o astrólogo parar com seus comentários críticos a integrantes do governo.

Na manhã desta terça-feira (23), Olavo compartilhou publicação de Silvio Grimaldo, olavete que atuou como assessor especial do MEC (Ministério da Educação) e foi o primeiro a denunciar o “expurgo” dos doutrinados do guru da pasta durante a gestão Ricardo Vélez-Rodriguez.

Na publicação, Grimaldo diz que Olavo está sendo tratado como “inimigo do governo”.

“O vice pode criticar o presidente em público, mas um eleitor não pode criticar o vice sem receber uma NOTA OFICIAL de inimigo do governo? É isso mesmo, produção?”.