Carlos Bolsonaro se vinga dos militares, mas detona o próprio pai

Começo uma nova fase em minha vida. Longe de todos que de perto nada fazem a não ser para si mesmos. O que me importou jamais foi o poder. Quem sou eu neste monte de gente estrelada?

Essa mensagem acima de Carlos Bolsonaro tem uma explicação – e muito simples

Os militares exigiram do presidente Bolsonaro moderação de seus filhos nas redes sociais, especialmente de Carlos, o mais beligerante.

Estrelados, no caso, são os generais.

É Carlos quem coordena informalmente as redes sociais do pai.

Se ele vai cumprir o que está falando e se afastar, ninguém sabe.

Mas o fato é que, na despedida, ele fez o pai cometer seu maior erro nas redes sociais.

Foi um desastre.

Ou seja, para se vingar dos militares, detonou o próprio pai.

Ele gerou uma crise no governo ao publicar vídeo no perfil do presidente, com ofensas duras do guru Olavo de Carvalho aos militares.

Como se sabe, Carlos estimula Olavo de Carvalho a atacar o vice Hamilton Mourão, a quem chegou a acusar de ter interesse na morte do pai.

O filósofo diz que, que os “milicos” nas últimas décadas só fizeram “cagada”.
“Esse pessoal subiu ao poder em 1964, destruiu os políticos de direita e sobrou o quê? Os comunistas, que tomaram o poder. Eles dizem: ‘Livramos o país dos comunistas’. Não, eles entregaram o país ao comunismo.”

“Se tivessem vergonha na cara, confessariam seu erro, mas é só vaidade pessoal, vaidade grupal e vaidade esotérica. Os milicos têm que começar a confessar os seus erros.”

“Essa é a lei de Cristo. Primeiro, os seus pecados. Depois, os dos outros. Criaram o PT e não têm coragem de confessar.”

Mais:
“Todos querem entrar na elite, não derrubar a elite. Tudo o que querem é ficar em Brasília, brilhar e embolsar o dinheiro do governo”.

Quem anunciou o enquadramento de Carlos Bolsonaro e seu irmão foi o repórter Guilherme Amado, da Época.

E mereceu uma resposta pouco elegante de Carlos.