Damares acha que gay, adúlteros e assassinos deveriam morrer?

Retirar o tema LGBT das diretrizes dos Direitos Humanos é apenas uma consequência óbvia de uma visão religiosa – afinal, homossexualismo deve ser punido por morte.
Na posse, a ministra Damares Alves disse que o Estado Laico, mas ela era “terrivelmente cristã”.
Isso significa que ela acredita nas palavras bíblicas.
O jornal El País fez um texto sobre o que significaria seguir ao pé da letra a Bíblia.

“Os que flertam para que o Brasil mude a Constituição e seja considerado um Estado “confessional” precisam saber que o Deus bíblico é amplamente favorável à pena de morte. “Quem verter sangue de homem, seu sangue será vertido por outro homem” (Gn.9,8). Ou seja, quem mata deve morrer.

Toda a Bíblia também está carregada de pedidos de penas de morte aos pecados contra o sexo e a infidelidade conjugal: “Se um homem comete adultério contra a mulher do próximo serão castigados com a morte o adúltero e a adúltera” (Lev.20,10). Contra a homossexualidade: “Se um varão se deita com outro varão, como se faz com uma mulher, ambos cometeram uma abominação. Devem morrer. Seu sangue sobre eles” (Lev20,13). Contra o bestialismo: “Quem se deitar com um animal, morrerá” (Ex22,10).

E não só o Antigo, o Novo Testamento também mantém a pena de morte. Conhecendo os fariseus a magnanimidade de Jesus com os pecadores, quiseram tentá-lo para ver se ele se opunha à pena de morte, que era a lei de Deus. Segundo o evangelho de João, mandaram uma mulher “flagrada em adultério”, arrastada por alguns homens. Lembraram a Jesus que a lei manda matá-la por apedrejamento. “Tu que dizes?”, lhe perguntam. Jesus não responde, mas sabe que tal lei, sancionada no Livro do Levítico, manda matar também o adúltero. De modo que diz aos homens que o que estivesse “limpo de pecados” começasse a apedrejá-la. Todos foram embora. Jesus a perdoou. Onde estava o adúltero?”

Isso significa que