Danilo Gentilli dissemina Fake News sobre Maju e Glória Maria

Danilo Gentili disseminou em seu perfil no Twitter uma crítica a TV, insinuando “Fake News” a publicidade de torno de Maria Julia Coutinho, a Maju, como a primeira mulher negra a sentar na bancada do Jornal Nacional.

Mas usou uma foto Fake News.

Ela estava apresentando não o Jornal Nacional. Mas o Fantástico. De comum, apenas a letra “N”.

Texto oficial da TV Globo não cita Glória Maria como convidada a ocupar por tempo indeterminado a bancada do JN.

Na TV Globo desde 1971,  a carioca Glória Maria foi a primeira repórter a entrar ao vivo no Jornal Nacional. De 1998 a 2007, apresentou o Fantástico e, desde 2010, integra a equipe do Globo Repórter.

Glória foi também a primeira repórter a entrar no ar, ao vivo, na primeira matéria a cores do Jornal Nacional em 1977, mostrando o movimento de saída de carros do Rio de Janeiro, no fim de semana. Naquele dia, foram usados equipamentos portáteis de geração de imagens. Na primeira cena ao vivo a lâmpada queimou. E talvez, em termos de adrenalina, poucas matérias se comparam com o sufoco que a repórter passou.

Danilo Gentili espalhou também em suas redes sociais ao crítica de que o elogio à negritude a  Maju  seria uma forma de racismo.

A crítica é, em essência, a seguinte: Maju deveria ser elogiada apenas por ser competente.

Não por ser negra.

Ele compartilhou em seu perfil no twitter uma crítica de Fabio – colecionador.

Para a imprensa – eu incluído – é digno que nota que uma mulher negra ocupe a bancada do Jornal Nacional.

Ela carrega como simbolo ter sido atacada justamente por ser negra.

E sua promoção – assim como de outros jornalistas negros – é sinal de uma vitória contra o preconceito.

Catraca publicou notícia sobre seu desafio como negra e jornalista.

A jornalista disse ao jornal “Extra” que ciente da exposição que viverá, está preparada para assumir a posição ao lado de William Bonner aos sábados, e havendo comentários racistas não pretende deixar os autores impunes.

“Eu estou blindada. Se acontecer de novo, iremos, mais uma vez, atrás dos autores na Justiça. Seja com a Maju ou com a Maria do Rio Grande do Norte, é crime. Estou preparada porque sei do meu trabalho, tenho a confiança dos meus pais e da produção”, salientou.

Maju falou sobre a nova etapa na carreira e a comoção geral que o anúncio provocou. “A comoção é válida, mas a questão é ainda ser assim. Há uma carga simbólica que não dá pra ser negada, e eu não a questiono. Precisamos lembrar, no entanto, de Zileide Silva no ‘Jornal hoje’ e de Heraldo Pereira. Lá na frente, espero que uma mulher negra em destaque não seja motivo de atenção, porque será normal. Que apareçam outras Zileides, outras Majus”, disse.

Em setembro, o Jornal Nacional completa 50 anos de exibição. A entrada de Maju no rodízio de apresentadores é um marco na história do telejornal por ser a primeira vez que uma mulher negra integrará a bancada do JN.