Dimenstein: a esperta farsa da prisão de Danilo Gentili
A ordem de prisão de Danilo Gentilli virou uma farsa.
Primeira farsa: não há base legal para a Justiça decretar prisão do humorista.
O que se pode fazer é punir via ser serviços comunitários ou indenização.
Portanto, é impossível Gentili acabar na cadeia, que, espertamente, lançou a hashtag #gentililivre.
Segunda farsa: Danilo Gentili se coloca como vítima de um ataque à liberdade de expressão.
Virou uma esperta jogada de marketing, tentando se aproveitar do erro da juíza.
A liberdade de expressão não é total, como determina a Constituição.
A lei determina punição a quem abusar desse direito.
Lembrando: ele foi condenado porque chamou a deputada de “falsa” e “nojenta”.
A deputada pediu, por escrito, que os tuítes fossem apagados.
Gentili gravou um vídeo em que aparece rasgando o documento, esfregando o papel nas partes íntimas e dizendo à deputada:
“Sendo assim, Maria do Rosário, chegando a minha cartinha, abre ela, sinta aquele cheirinho do meu saco e abra a bunda e enfie no meio dela tudo isso aí que estou mandando para você. Tchau”.
Isso não é liberdade de expressão.
É ofensa.
Como bem disse Ricardo Noblat, humorista não é criança nem índio para ser inimputável.