Dimenstein: Bolsanaro apanha até do MBL nas redes sociais
Uma das principais explicações da vitória eleitoral de Jair Bolsonaro foram as redes sociais.
Mas as eleições acabaram – e começa o desgaste natural.
Já surgem fartos inícios de que ele não terá tanta facilidades nas redes sociais.
É assim que o deputado Kim Kataguiri explica as críticas do MBL, forte nas redes sociais, ao governo.
“Ultimamente tem saído na imprensa de que o MBL tenha adotado uma postura mais crítica, mas não é nossa postura que ficou mais crítica, é o governo que tem errado mais.”
O Estadão preparou uma reportagem como a “rede bolsonarista” está mais crítica na interna.
Aqui um trecho da reportagem:
“As divergências na rede bolsonarista aumentaram após a nomeação do filho do vice-presidente, Hamilton Mourão, como assessor especial da presidência da Banco do Brasil. O salário de Antônio Hamilton Rossel Mourão, funcionário de carreira da instituição, foi triplicado depois da posse do pai – de R$ 12 mil para R$ 36 mil.
Mourão disse que o filho “tem mérito” e que foi “perseguido anteriormente”. A justificativa não agradou a todos. Para o perfil Senso Incomum, que tem pouco mais de 100 mil seguidores no Twitter e apoia o presidente, o general Mourão começou “errando terrivelmente”.
Outro influenciador digital na rede bolsonarista que criticou a promoção do filho de Mourão foi o jornalista e apresentador Allan dos Santos, para quem a nomeação não tinha “odor de nova política”. “O VP (vice-presidente) errou feio e ninguém que o critique pode ser tratado como inimigo”, escreveu no Twitter.
Ou seja, uma coisa é fazer campanha tendo um inimigo comum: as esquerdas no geral, PT em particular.
Outra é governar, administrando conflitos. Mais: tendo que lidar com a realidade.
Mais difícil ainda é quando Bolsonaro dá tantos sinais de improvisações que viram humilhantes recuos.