Dimenstein: doença de Bolsonaro desmoraliza a Polícia Federal

Raras vezes, a Polícia Federal foi tão desmoralizada em sua história.
Agora, por um presidente.
Simples entender.
Depois de meses e mais meses de investigação, a Polícia Federal concluiu que Adélio Bispo, autor da facada em Bolsonaro, agiu sozinho.
Mais: psiquiatras deram laudos conclusivos de que Adélio não pode ser condenado, por ser incapaz mentalmente.
A PF usou todos os seus recursos e seus melhores profissionais.
O caso acabou arquivado.
Bolsonaro na live de ontem voltou a insistir na procura dos mandantes.
Ou seja, a PF não fez seu trabalho.
Aqui, se juntam duas coisas.
A primeira delas, a doença de Bolsonaro, chamada “síndrome paranóide”, que o faz ver inimigos e conspirações por todos os lados.
Dessa vez, ele incluiu a PF entre os inimigos.
Bolsonaro quer provar que Adélio fazia parte de uma conspiração.
Segunda: é um bom marketing apresentar presidente como vítima de um complô das esquerdas, mesmo que a ninguém tenha obtido nenhuma vinculação no atentado de Adélio com as esquerdas.