Dimenstein: Operação “Brasil Que Se Fod*” une políticos e juízes

Apenas no dia de hoje, o presidente em exercício Rodrigo Maia sancionou lei que ajuda prefeitos cujos gastos passaram do limite permitido pela lei – ou seja, um estímulo à irresponsabilidade.
O ministro Lewandowski, do STF, aprovou medida antecipando o aumento salarial dos servidores federais. Custo: R$ 4 bilhões.
O Senado já tinha permitido o aumento salarial dos ministros do STF, cujo impacto deve ser cerca de R$ 6 bilhões.
O STF segurou o quando pôde até o final deste ano o auxílio-moradia dos juízes – um privilégio que custou R$ 5 bilhões
Teve tramitação relâmpago projeto que garante, já no próximo ano, ajuda de R$ 2 bilhões à indústria automobilística.
Marco Aurélio Mello, do STF, aprova sozinho, sem falar com ninguém, medida que tira da prisão 169 mil pessoas – entre elas, Lula.
Era uma decisão que exigia um colegiado, reduziria esse tremendo desgaste no STF – nas redes sociais, pede-se intervenção e até os malucos de sugerem na ação apenas um cabo e um soldado.
No começo da noite, em meio à comoção, a decisão de Marco Aurélio for derrubada pelo presidente do STF.
Deixaram de aprovar uma reforma da previdência já branda, sabendo que as contas públicas estão explodindo – e a aprovação pode melhorar as expectativas do empresariado, gerando mais investimentos.
Tudo já estava pronto para ser votado.
São apenas alguns sinais de que é vitorioso o Movimento “Brasil que se foda” – uma irresponsabilidade que une juizes e políticos, aproveitando a fragilidade do governo.
Muita gente ainda acha que o maior ralo de dinheiro público é a corrupção.