Dimenstein: pelo amor de Deus, Fabrício Queiroz, me salve urgente

Descobri hoje que preciso da ajuda urgente de Fabrício Queiroz, o ex-motorista de Flávio Bolsonaro.

Peço essa ajuda porque li o depoimento de um ex-assessor de Flávio Bolsonaro  – o PM Agostinho Moraes da Silva – explicando, no Ministério Público, o motivo que o levava todos os meses a depositar 2/3 do seu salário na conta de Fabrício Queiroz.
Explicação: Queiroz sabia investir dinheiro, comprando e vendendo carros usados.

O investimento rendia 18% ao mês.

Isso mesmo: ao mês.

Olhem aqui o depoimento do Agostinho:

Agostinho alega que o retorno chegava até 18% e vinha rápido, em um mês. Ele disse aos promotores que nunca devolveu parte do salário a Flávio Bolsonaro ou a Queiroz. Mas fazia uma TED (Transferência Eletrônica Disponível) sempre que entrava o pagamento para investir com o “amigo”.

Eram cerca de R$ 4 mil reais de um salário líquido de R$ 6.787,49 (julho/2018). O lucro vinha em espécie. E sem jamais Agostinho ter declarado as operações à Receita Federal. Disse que “nunca perguntou a Fabrício o motivo de ele pagar os lucros em dinheiro vivo”. Agostinho afirmou que Flávio Bolsonaro não teria conhecimento da prática – nem da existência de funcionários fantasmas.

Fui pesquisar minha aposentadoria no banco.

Não rendeu, no ano passado, nem 6% ao ano.

Repetindo: ao ano!

Aliás, nenhum fundo de investimento rendeu 18% ao ano. Muito menos ao mês.

Imagine meu dinheiro na mão do Fundo Queiroz.

Com 18% ao mês eu ganharia em 12 meses o que vou ter de esperar por 25 anos – já estarei provavelmente morto.

Só um detalhe me chamou a atenção, mas sem importância.

Por que com tanta habilidade de investidor capaz de fazer o dinheiro render 18% ao mês ele continuava a trabalhar como motorista?