Dimenstein: um escândalo do motorista Fabrício que ninguém fala

Os jornalistas estão atrás do escândalo da conta suspeita de Fabrício Queiroz, motorista de Flávio Bolsonaro e amigo há 40 anos da família.
O mistério é saber não apenas de onde vinha o dinheiro, mas, especialmente, para onde ia.
Mas há um escândalo na cara de todos – e ninguém fala.
Para trabalhar como motorista, Fabrício ganha por mês, com direito a todos os benefícios, R$ 8,5 mil.
No caso de Fabrício Queiroz, ele ainda tinha um ganho a mais como PM, chegando, no total, a receber R$ 23 mil por mês.
A pergunta é óbvia: quantos motoristas, mesmo de famílias milionárias, no Brasil têm esse salário?
É mais do que a média de um piloto de avião.

Informação do site Guia da Carreira.
“Segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), o piso salarial dos pilotos de avião varia de acordo com a função e o ramo de atividade (aviação regular, aviação agrícola ou táxi aéreo):

Piso salarial de Pilotos da Aviação Regular:
Copiloto: R$ 3.484
Comandante: R$ 4.119

Piso salarial do Piloto da Aviação Agrícola: R$ 1.833,11

Piso salarial de Pilotos de Táxi Aéreo
Comandante bi-motor: R$ 2.950
Comandante mono-motor: R$ 1.966
Co-piloto: R$ 1.378”

Daí se vê como funciona o setor público em que a média dos salários é muito maior do que no setor privado.
É isso que explica por que os funcionários de gabinete costumam aceitar pagar um pedágio a seus patrões parlamentares.
Mesmo com o “desconto” ainda é mais vantajoso do que no setor privado.