Doria impõe diminuição drástica na Cultura de São Paulo

O jornalista João Luiz Sampaio mostra no Estadão de hoje o tamanho do impacto do corte de 23% no orçamento da Cultura de São Paulo anunciado por João Doria.

Em um dos casos mais graves do estudo da Abraosc (Associação Brasileira das Organizações de Cultura) , o Theatro São Pedro será fechado. O teatro é delicado à ópera e à formação de artistas e sua orquestra profissional seria extinta.

Músicos protestaram na Avenida Paulista contra os cortes
Créditos: Reprodução
Músicos protestaram na Avenida Paulista contra os cortes

Já os museus pretendem cancelar exposições e diminuir horário de funcionamento, além de abandonar projetos didáticos.

A Pinacoteca do Estado prevê o que chama de “diminuição drástica da programação pública, com cancelamento de exposições, palestras e eventos de formação”,  O Museu da Casa Brasileira fala em “risco de descontinuidade de sua agenda”.

Na área da música, a Escola de Música do Estado de São Paulo afirma que há o risco de encerramento das atividades das orquestras formadas por alunos, com o fim da temporada de concertos e a suspensão do pagamento de mais de 150 bolsas de estudo, além do fechamento de 300 vagas e a demissão de 80 funcionários.

No Conservatório de Tatuí, a previsão é a demissão de 60 professores e a dispensa de 800 alunos, além do encerramento das atividades do polo de São José do Rio Pardo.

Em entrevista para anunciar os cortes, João Doria  afirmou que a cultura faz parte de sua vida. “Mas governar é estabelecer prioridades, ter capacidade de gestão e coragem de fazer as coisas. Deixo claro que as prioridades da minha gestão são Educação, Saúde, Habitação, Segurança Pública e Assistência Social”.