Enganou-se quem achou que Bolsonaro acabaria com o corporativismo

Ativismo do andar de cima é outra coisa, escreveu Elio Gaspari

Enganou-se quem achou que a eleição de Jair Bolsonaro livraria o Brasil do corporativismo petista.

Desde que assumiu o poder, governo foi confrontado por movimentos corporativos e cedeu aos apelos, pelo menos em dois dele, segundo a coluna de Elio Gaspari, no Globo deste domingo.

“Vamos botar um ponto final em todos os ativismos do Brasil”, bradou aos quatro quantos Jair Messias Bolsonaro.

A rebelião é feita por “servidores do andar de cima, gente com salários mensais que vão de R$ 20 mil a sabe-se lá quanto”.

Depois dos procuradores da Fazenda e dos auditores da Receita Federal, agora é a vez dos procuradores da República pressionarem o governo.

“Até a última terça-feira, 192 doutores devolveram 325 funções não remuneradas. Eles apresentam reivindicações técnicas, nas quais está embutida uma questão salarial, escondida nos penduricalhos de uma categoria que ganha, no barato, R$ 25 mil líquidos”.

“A batalha ainda não terminou. Até hoje, magistrados e procuradores ganharam todas”.

“Ativismo do andar de cima é outra coisa”, finaliza a coluna.