Época: PM abafa inquérito contra ex-assessor de Flávio Bolsonaro

Fabrício Queiroz, ex-motorista e assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), foi indiciado pela corregedoria da Polícia Militar do Rio após suspeita de extorsão em 1999, mas que o caso é abafado até hoje. A informação é da revista “Época”.

Queiroz e um outro PM foram acusados de tentarem extorquir R$ 20 mil de um bandido preso pela dupla.

 
Créditos: Reprodução / Facebook
 

De acordo com a reportagem, o corregedor-geral da PM à época, Francisco de Paula Araújo, abriu uma sindicância e concluiu pela “existência de indícios de crime militar”, o que o fez abrir um inquérito policial-militar.

“Até janeiro de 2001, quando o MP decidiu arquivar o caso à espera da conclusão do inquérito policial-militar, o comandante, o coronel Wilton Soares Ribeiro, ainda não tinha deliberado sobre uma punição. Procurada, a Polícia Militar se recusa a emitir qualquer informação sobre o caso”, diz a reportagem

A revista também tentou obter as informações por meio de Lei de Acesso à Informação e foi informada de que “a Ficha de Situação Judiciária do Policial Militar possui classificação de sigilo “reservado” por conter dados pessoais”.

Um relatório produzido pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) apontou no final do ano passado que Fabrício Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.

Reportagem do Estadão à época revelou que uma das transações de Queiroz citadas no relatório do Coaf é um cheque de R$ 24 mil destinado à futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

A família Bolsonaro tem evitado dar explicações sobre o assunto, afirmando que cabe ao ex-assessor esclarecer os fatos.