Estadão: Bolsonaro age como petistas ao intervir na Petrobras

Em editorial neste sábado (13), o “Estadão” chamou de desastrada a decisão do presidente Jair Bolsonaro de suspender um aumento de preço do diesel e o comparou com seus antecessores petistas.

A invasão a Petrobrás chocou o mercado, assustou os investidores e derrubou as ações da companhia, o que causou uma perda de seu valor de mercado de R$ 32,4 bilhões.

Para o Estadão, ‘Bolsonaro agiu como seus antecessores petistas, chocou o mercado, assustou investidores e derrubou as ações da companhia’
Créditos: Alan Santos/PR
Para o Estadão, ‘Bolsonaro agiu como seus antecessores petistas, chocou o mercado, assustou investidores e derrubou as ações da companhia’

“A intervenção do presidente Bolsonaro lembra uma história de erros catastróficos, interrompida no governo do presidente Michel Temer, quando a administração da petroleira foi profissionalizada e voltou ao caminho certo. A ação do PT, dirão os defensores do presidente, favoreceu uma orgia de corrupção e nada parecido deve ocorrer neste governo. Pode ser, mas a mera intervenção na política de preços e em vários outros aspectos da administração seriam suficientes para impor perdas enormes”, diz o texto.

“Não sou intervencionista. Não vou praticar a política que fizeram no passado, mas quero os números da Petrobrás”, disse o presidente.

“Essas palavras são tão assustadoras quanto a ordem de suspender o aumento de preço do diesel. Na mesma declaração o chefe de governo negou ser intervencionista e exigiu a apresentação dos números para sua avaliação. Essa exigência é uma clara e inegável intromissão num assunto tipicamente empresarial, a fixação do preço de um produto. Será o presidente Bolsonaro incapaz de perceber esse fato tão simples?”, indaga o jornal.