Folha faz uma conexão entre carrasco nazista e Governo Bolsonaro
A Folha revelou passagem histórica sobre o carrasco nazista Gustav Wagner, descoberto no Brasil.
E a descoberta se conecta agora com o Governo Bolsonaro.
Contra o nazista, pesavam os mais terríveis testemunhos de massacres contra judeus durante a II Guerra Mundial no campo extermínio Sobibor, na Polônia.
Testemunhos indicaram que ele tinha práticas sádicas.
Não significa qualquer relação de Bolsonaro com o nazismo.
Nem do ministro do Exterior, Ernesto Araújo, cujo pai é o centro dessa história.
Em 1978, o procurador-geral da República era Henrique Fonseca de Araújo ( morto em 1996), pai de Ernesto Araújo.
Segundo a Folha, ele “dificultou a extradição de um nazista responsabilizado por 250 mil mortes entre 1942 e 1943”.
Ele deu pareceres negativos à extradição de Gustav Franz Wagner.
Trecho da reportagem da Folha.
A prática de canibalismo no campo era comum, pois os soldados ofertavam restos dos mortos aos presos. Eles presenciavam cenas como a de um bebê metralhado no colo da mãe, segundo testemunho da sobrevivente Esther Raab, que compõe o Memorial do Holocausto, nos EUA.
Esther identificou o homem que atirou na criança: Wagner, conhecido como “besta humana”. “Ele era um dos nazistas mais temidos de Sobibor”, disse à Folha Chris Webb, autor de “O Campo da Morte de Sobibor” (Columbia University Press, 2017, sem tradução para o português).
“Os prisioneiros tentavam ficar fora do seu caminho, temendo sua crueldade. Dado seu papel em Sobibor, deveria ter sido extraditado. É uma vergonha que não tenha sido.”