Folha: Jair Bolsonaro atacou condenação de miliciano foragido

O relacionamento entre a família Bolsonaro e as milícias tem novos detalhes todos os dias.

Acusado de chefiar o Escritório do Crime e suspeito de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco, Adriano Nóbrega teve sua mãe e mulher empregadas no gabinete de Flávio Bolsonaro.

O policial, agora foragido, foi defendido por Jair Bolsonaro, como mostra a Folha.

O presidente Jair Bolsonaro criticou em discurso no plenário da Câmara dos Deputados, em 2005, a condenação por homicídio do hoje ex-policial militar Adriano Nóbrega, foragido e acusado de comandar uma milícia na zona oeste do Rio de Janeiro.

Naquela fala, o então deputado federal afirmou que Adriano era um “brilhante oficial” e criticou um coronel que depôs contra o acusado, relatando ao júri o resultado de uma sindicância interna da PM.

“Um dos coronéis mais antigos do Rio de Janeiro compareceu fardado, ao lado da Promotoria, e disse o que quis e o que não quis contra o tenente [Adriano], acusando-o de tudo que foi possível, esquecendo-se até do fato de ele [Adriano] sempre ter sido um brilhante oficial e, se não me engano, o primeiro da Academia da Polícia Militar”, afirmou Bolsonaro, segundo registros da Câmara.

Na ocasião, ele relatou ter sido aquela a primeira vez que assistira a um julgamento do Tribunal do Júri. Ele foi deputado de 1991 a 2018, tendo sempre como bandeira a defesa de policiais.

Adriano foi preso preventivamente em 2004 acusado pelo homicídio do guardador de carro Leandro dos Santos Silva, 24. O então policial foi condenado no Tribunal do Júri em outubro de 2005. Neste intervalo, ganhou a Medalha Tiradentes, a mais alta honraria da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, a pedido de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), deputado estadual, senador eleito e filho do atual presidente.Bolsonaro, em 2005, atacou condenação por homicídio de ex-policial agora foragido Bolsonaro, em 2005, atacou condenação por homicídio de ex-policial agora foragido Bolsonaro, em 2005, atacou condenação por homicídio de ex-policial agora foragido