Folha: militares queriam demissão de ministro de Bolsonaro

A Folha revela que grupos militares queriam demitir o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, indicado pelo filósofo Olavo de Cavalho.
Não insistiram na pressão porque foram convencidos de que a demissão seria um desgaste ao presidente Jair Bolsonaro.
Mas, em compensação, segundo o jornal, os militares passaram a tutelar o Itamaraty.
O estopim foi a Venezuela.
Ernesto Araujo assinou documento, sem consultar as Forças Armadas, propondo o encerramento de qualquer colaboração militar com a Venezuela.
Trecho da reportagem da Folha:
É justamente a cooperação com as Forças Armadas venezuelanas que mantém o Brasil minimamente informado sobre os passos da ditadura.
Isso ocorre tanto devido ao “backchannel”, informações de bastidor trocadas por oficiais, como com a observação direta da área de inteligência. Como diz um experiente negociador da região, o Brasil sabe mais sobre Caracas por meio dos próprios militares chavistas do que por canais diplomáticos regulares.

Um sinal revelado: o general Mourão fala cada vez mais sobre diplomacia, mostrando diferencias com a posição do ministro e até de Bolsonaro.
Ele é contra, por exemplo, a transferência da embaixada pera Jerusalém.
Daí se entende por que Olavo de Carvalho, padrinho de Ernesto Araújo, vem atacando tanto e com palavras tão pesadas o general Mourão