Folha sugere que porta-voz mente sobre saúde de Bolsonaro

 
 

O presidente Jair Bolsonaro fez um post hoje no twitter sobre sua febre e o diagnóstico de pneumonia, advertindo contra o que classificou de risco de “sensacionalismo”.

Ao ouvir especialistas sobre as palavras oficiais sobre a febre do presidente, a Folha mais uma vez questionou o boletim médico, estimulando a suspeita de que estão mentido.

Trecho da Folha

De acordo com os médicos, é pouco provável que seja uma pneumonia viral, como aventou o porta-voz da Presidência. “Se é viral por que mudar o antibiótico. Antibiótico mata bactéria, não vírus”, disse um deles.

Esse tipo de dúvida sobre a veracidade da palavra ocorre porque, em primeiro lugar, informaram que Bolsonaro sairia ontem do hospital. Depois ficou para segunda – e, agora, não tem previsão, e uma nova cirurgia não está descarta.

A Folha  já tinha mostrado  que s assessores enganaram a imprensa sobre a saúde do presidente Jair Bolsonaro.
Assessores disseram à imprensa que as náuseas e vômito que Bolsonaro teve no sábado pasado, obrigando-o a colocar uma sonda gástrica, era uma “reação normal e decorrente da retomada da função intestinal”.
A Folha descobriu que não era uma reação normal.
A naúsea e vômito ocorreram porque o intestino delgado parou de funcionar.
É o que se chama de “íleo paralítico”.

Folha ouviu especialistas:

Segundo eles, os sintomas apresentados por Bolsonaro representam uma piora no estado clínico. Um deles diz que, no melhor cenário, não era para acontecer. No quinto dia após a cirurgia, afirma, o paciente deveria estar comendo por boca e evacuando.

Outras hipóteses explicariam a paralisação do intestino como fístula (abertura de algum ponto cirúrgico), infecção, efeitos colaterais de medicamentos (antibióticos ou remédios para dor) ou aderência precoce, ou seja, uma dobra no intestino.

A pior das hipóteses seria a fístula. Se ocorrer, há risco grande de ter que reoperar e refazer a bolsa de colostomia.