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O rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho (MG), no dia 25 de janeiro, deixou 186 mortos e 122 desaparecidos.

Brumadinho
Créditos: Divulgação Embaixada de Israel

Apesar de todos indícios de que a Vale sabia do risco de rompimento da barragem, o ministro das Minas e Energia, almirante Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior, culpou o “destino” pela tragédia. “O atual governo assumiu o Brasil em uma profunda crise ética, moral e econômica, e avançou: “quis o destino que, no início do mandato do presidente Bolsonaro, sofrêssemos um novo e doloroso choque com o rompimento de outra barragem de rejeitos, cujos resultados desastrosos comoveram e abalaram a todos os brasileiros e a comunidade internacional”, disse o ministro a uma plateia de autoridades, investidores e executivos de empresas mineradoras de todo o mundo em Toronto, no Canadá, no último sábado (2).

O jornalista Leonardo Sakamato, do UOL, criticou a fala do ministro, que parece ignorar os indícios de omissão da Vale.

“A tragédia não é órfã, tem pai e mãe. A Vale, que instalou diversas barragens ‘bombas-relógio’ pelo território brasileiro e não executou planos decentes para garantir a vida de seus trabalhadores e das comunidades no entorno e a integridade da água, do solo e do meio ambiente”, escreveu.

Para Sakamoto, o “ministro pode alegar que foi incompreendido porque quis dizer outra coisa. Palavras, contudo, são importantes e precisam ser cuidadosamente escolhidas –ainda mais quando incluídas em discursos de autoridades sobre tragédias”.

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