Fundador da CVC admite que pagou propina para evitar multa
O empresário Guilherme Paulus, fundador do grupo CVC Brasil, maior operadora de viagens do país, confessou à PF ter pago propina para se livrar de impostos.
Em delação premiada, ela afirmou que pagou R$ 39 milhões para se livrar de uma cobrança de R$ 161 milhões em tributos federais.
Com base na delação de Paulus, que deixou a presidência do Conselho de Administração da empresa em março do ano passado, a PF desencadeou nesta manhã a Operação Checkout, terceira fase da investigação Descarte.
A PF investiga um esquema de corrupção que envolveria fiscais da Receita Federal e integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) para beneficiar empresas que devem tributos federais.
Apesar do nome, a CVC Tur não tem relações formais com a operadora de viagens desde 2009, quando foi criada uma nova empesa, a CVC Brasil.
A nova empresa que herdou os ativos e passivos da companhia anterior. É a CVC Brasil quem comanda as mais de 1.300 lojas. Hoje, Paulus é apenas um sócio minoritário da companhia, que tem ações na Bolsa de Valores.