‘Gabinete do ódio’ de Bolsonaro, no Palácio do Planalto, está em crise

O 'gabinete do ódio' é liderado por Carlos Bolsonaro

No discurso para seu público, Jair Bolsonaro culpa a “grande imprensa” como a principal responsável pelo derrocada de sua popularidade –queda constada pelas próprias pesquisas do Palácio do Planalto.

Mas, dentro da assessoria presidencial, se aponta um responsável interno: o chamado “gabinete do ódio”.

Não só na assessoria presidencial. Também na própria família Bolsonaro: mais precisamente, o senador Flávio, de perfil mais moderado.

O ‘gabinete do ódio’ é liderado por Carlos Bolsonaro, o pitbul do pai
Créditos: Reprodução/Facebook
O ‘gabinete do ódio’ é liderado por Carlos Bolsonaro, o pitbul do pai

Instalado no terceiro andar do Palácio do Planalto, o “gabinete do ódio” é formado por jovens em torno de 26 anos, comandados por Carlos Bolsonaro –sua missão é animar os militantes e seguidores de Bolsonaro, usando não só as redes sociais, mas influenciando falas e atitudes do presidente

Os operadores do “gabinete do ódio”, ganhando em torno de R$ 13 mil mensais, são Tercio Arnaud Tomaz, José Matheus Salles Gomes, Mateus Matos.

Em torno dele, agiram assessores como Filipe Martins –e, claro, Olavo de Carvalho.

Tática: o confronto e a radicalização do discurso de Bolsonaro.

Trecho de reportagem da Folha:

“Além da queda de popularidade, a pressão de grupos econômicos diante das declarações intempestivas fizeram com que o presidente passasse a ouvir mais atentamente outro trio: os ministros Jorge Oliveira (Secretaria-Geral), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) —este último, dizem palacianos, tem sido o principal contraponto ao grupo.”

O Estadão também percebeu a crise de credibilidade do “gabinete do ódio”, citando Flávio Bolsonaro.

“Flávio, vira e mexe, pede para o pai baixar o tom. Às vezes é ouvido, fato que provoca a ira do “zero dois”. Mesmo investigado no caso de Fabrício Queiroz – o ex-assessor suspeito de comandar um esquema de “rachadinha” para pagar salários de servidores, na Assembleia do Rio –, o senador tem atuado como articulador político do Planalto, ao lado do general Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria de Governo”.