Guru de Bolsonaro deleta frase sobre c* de general Villas Bôas

Olavo de Carvalho havia atacado Eduardo Villas Bôas, ex-comandante do Exército; ofensa conseguiu unir as Forças Armadas e políticos

“Dizer que um doente preso a uma cadeira de rodas está preso a uma cadeira de rodas é ofendê-lo? E dizer que homens adultos não deveriam envolvê-lo em suas briguinhas pessoais é dar esporro nele ou neles? Ninguém mais neste país sabe ler ou os que sabem fingem que não sabem, para poder usar como instrumento de crime de difamação, sem que ele se dê conta, o homem preso à cadeira de rodas?”

A frase acima, publicada em uma rede social, revela arrependimento sobre os ataques de Olavo de Carvalho. O guru de Jair Bolsonaro fez críticas a Eduardo Villas Bôas, ex-comandante do Exército. O ataque conseguiu unir as Forças Armadas e políticos.

Após a repercussão,  ele se viu obrigado a deletar a baixaria contra o general, que o chamou de “desocupado”. “A quem me chama de desocupado não posso nem responder que desocupado é o cu dele, já que não para de cagar o dia inteiro”, havia tuitado Olavo.

Por causa desse comentário, o cantor e compositor Lobão chamou Olavo de Carvalho de “sórdido”.

Villas Bôas sofre de uma doença degenerativa grave, que afeta o sistema nervoso e acarreta paralisia motora irreversível. Anda em cadeira de rodas e tem problemas respiratórios, além de descontrole intestinal.

“Vazio existencial”

O general havia defendido Carlos Alberto dos Santos Cruz, ministro-chefe da Secretaria de Governo da presidência. Em sua opinião, Olavo de Carvalho tem um “vazio existencial”. “Derrama seus ataques aos militares e às FFAA demonstrando total falta de princípios básicos de educação, de respeito e de um mínimo de humildade e modéstia”, declarou.

“Verdadeiro Trotski de direita, não compreende que substituindo uma ideologia pela outra não contribui para a elaboração de uma base de pensamento que promova soluções concretas para os problemas brasileiros”, continuou.

“Por outro lado, age no sentido de acentuar as divergências nacionais no momento em que a sociedade brasileira necessita recuperar a coesão e estruturar um projeto para o País”, opinou o militar.

“A escolha dos militares como alvo é compreensível por sua impotência diante da solidez dessas instituições e a incapacidade de compreender os valores e os princípios que as sustentam”, concluiu.