Líder da bancada evangélica vê Mourão no lugar de Bolsonaro

O deputado-pastor Marco Feliciano é um sinal da crise do Governo Bolsonaro.

Afinal, ele é vice-líder do governo e um aliado do presidente desde a campanha.

Marco Feliciano tem feito críticas à falta de articulação do governo, trazendo risco de ingovernabilidade.

Ele deu uma entrevista à revista Época criticando o general Mourão, mas refletindo a fragilidade de Bolsonaro.

Mas também reflete o descontentamento dos parlamentares evangélicos com a distribuição de cargos.

Trecho da entrevista:

Se, em 2016, Michel Temer “sai lá escondidinho e começa a mandar mensagem em WhatsApp, começa a pregar contra a presidente”, Feliciano diz que, agora, Mourão sente “cheiro e gosto do poder” e “a qualquer momento ele sabe que pode assumir”.

“Está explícito para todo mundo que ele tem fome de poder e a qualquer momento ele sabe que pode assumir. Ele está sentindo o cheiro do poder, o gosto do poder, e ele então começa a minar a autoridade presidencial”, afirma Feliciano, que é vice-líder do governo Bolsonaro na Câmara.

E continua na comparação: “Parece que eu vejo a história se repetir. Só mudam os nomes dos personagens. A coleira que os prende é a mesma”.

Feliciano disse, em entrevista à coluna, que Mourão é um “problema” que pode dar uma “rasteira” em Jair Bolsonaro, e adaptou para o general a célebre frase do imperador traído Júlio César:

“Até tu, Mourão?”, provocou.