Misterioso silêncio de Bolsonaro sobre os generais esculhambados

Olavo de Carvalho fez um duro ataque ao general Santos Cruz, secretário de governo – e um dos mais importantes militares próximos a Jair Bolsonaro.

Santos Cruz tinha defendido o diálogo entre Executivo e Legislativo, além de uma nova visão sobre a suposta disputa entre as chamadas nova e velha política.

“O general Santos Cruz ofende de maneira brutal o nosso presidente: insinua que ele não tem maturidade para escolher sensatamente seus amigos e precisar portanto de um tutor, o próprio Santos Cruz”, atacou Olavo.
“O truque do Santos Cruz é camuflar sua mediocridade invejosa sob trejeitos de isentismo e acusar de ‘extremista’ quem o supera intelectualmente.”

A jornalista Vera Magalhães comentou, estranhando o silêncio.

Alvo da incontinência verbal de Olavo de Carvalho desde a semana passada, em tintas cada vez mais carregadas e termos cada vez mais ofensivos, o ministro da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto Santos Cruz, não teve em sua defesa nenhuma palavra até aqui por parte do presidente Jair Bolsonaro. Sempre pródigo em reclamar de críticas da imprensa a seu governo, Bolsonaro não rebateu as graves acusações do “guru” da Virgínia.

Há algumas semanas, Filipe Martins, assessor de Bolsonaro, acusou a imprensa de tentar opor setores do governo (entre os quais a equipe econômica e os militares) à tal “ala anti-establishment”. Martins trabalha no Palácio do Planalto ao lado de Santos Cruz, que sabe que é um homem sério e leal ao presidente. Ao não admoestar Olavo, a tal ala anti-establishment mostra que todos (até os militares) podem ser alvo da máquina de moer reputações do bolsonarismo radical. /

Olavo já chamou Hamilton Mourão e Augusto de Heleno de palavras como covarde, idiota, medíocre e uma vergonha.

Mesmo assim mereceu lugar de honra no jantar de Bolsonaro em Washington