Prisão de PMs: foto é mais tiro na imagem da família Bolsonaro

Por: Redação

Bastou a prisão dos PMs acusados de matar Marielle Franco ser divulgada para as redes sociais fazerem associação com a família Bolsonaro – e com o próprio presidente.

Ronnie Lessa, um dos presos, tem apartamento no mesmo condomínio de Jair Bolsonaro.

O que é suspeito: afinal, como um policial tem um imóvel num condomínio de alta classe média.

Élcio Queiroz, que teria conduzido o carro para matar a vereadora, tem uma sorridente foto ao lado de Bolsonaro.

Não há nenhum sinal – nem mais remoto – de que a família Bolsonaro tenha qualquer envolvimento com a morte da vereadora Marielle Franco.

Mas há fartas ligações da família com as milícias.

Não apenas em discursos. Mas também empregos.

Mãe e mulher de um chefe das milícias foragido – Adriano Nóbrega – estavam empregadas no gabinete de Flávio Bolsonaro.

A prisão hoje dos policiais atinge a família Bolsonaro, por mostrar a ligação de PMs, associados a milícias, com o assassinato de Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes.

Leia aqui o resumo da notícia do O Globo:

A Delegacia de Homicídios (DH) da Capital prendeu o sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa, de 48 anos, e o ex-PM, Elcio Vieira de Queiroz, por envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.

A prisão foi determinada pelo juiz-substituto do 4º Tribunal do Júri Guilherme Schilling Pollo Duarte, após denúncia do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRJ.

Trecho da notícia do O Globo:

Segundo a denúncia das promotoras Simone Sibilio e Leticia Emile, o crime foi “meticulosamente” planejado três meses antes do atentado. Além das prisões, a operação realiza mandados de busca e apreensão nos endereços dos denunciados para apreender documentos, telefones celulares, notebooks, computadores, armas, acessórios, munições e outros objetos. Lessa e Elcio foram denunciados pelo assassinato e a tentativa de homicídio de Fernanda Chaves, assessora da vereadora que sobreviveu ao ataque. A ação foi batizada de Operação Buraco do Lume, referência ao local no Centro de mesmo nome, na Rua São José, onde Marielle prestava contas à população sobre medidas tomadas em seu mandato. Ali ela desenvolvia também o projeto Lume Feminista. Os denunciados foram presos às 4h desta madrugada.

As promotoras pedem ainda a suspensão da remuneração e do porte de arma de fogo de Lessa. Também foi requerida a indenização por danos morais aos familiares das vítimas e a fixação de pensão em favor do filho menor do motorista Anderson até completar 24 anos de idade. Em certo trecho da denúncia, elas ressaltaram: “É inconteste que Marielle Francisco da Silva foi sumariamente executada em razão da atuação política na defesa das causas que defendia. A barbárie praticada na noite de 14 de março de 2018 foi um golpe ao Estado Democrático de Direito”.

A Folha trouxe um exemplo ao mostrar graficamente as relações da família Bolsonaro, milícias e Marielle Franco.