Psiquiatras revelam a lição do homem que quis matar Bolsonaro
A pedido da Justiça, psiquiatras ouviram Adélio Bispo, responsável pela facada contra Jair Bolsonaro em Juiz de Fora (MG). A leitura do depoimento revela uma importante lição.
Devemos tomar cuidado — muito cuidado — com pessoas que se dizem enviadas de Deus, acreditam na Justiça com as próprias mãos e misturam religião com política.
Outra lição: cuidado — muito cuidado — com quem se deixa seduzir por teorias conspiratórias, sem nenhuma evidência científica ou base na realidade.
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A verdade é que encontramos esses elementos na era Bolsonaro. O presidente se diz enviado de Deus, misturando política e religião.
Afirma que não morreu com a facada porque Deus o salvou para salvar o Brasil.
Acredita — ou diz acreditar — que está lutando contra a conspiração de um “sistema”, cuja definição é vaga.
Entrevistas antigas mostravam que Bolsonaro queria fazer justiça com as próprias mãos: fuzilar inimigos, fechar o Congresso e torturar.
Peguemos o exemplo do guru de Bolsonaro, Olavo de Carvalho, que, como afirmou em recente post, desconfia que a terra pode ser plana, suspeita que a associação do cigarro com câncer seja uma invenção e que a “mentira” do aquecimento global é conspiração comunista.
Ele é obcecado por teorias conspiratórias e também se imagina defendendo valores de Deus.
No passado, foi líder de uma seita islâmica mística e radical.
Foi internado duas vezes em clínicas psiquiátricas em São Paulo, por surtos psicóticos.