Renúncia é a única salvação para a imagem da família Bolsonaro

A descoberta das movimentações suspeitas na conta do senador Flávio Bolsonaro se traduz para milhões de eleitores como um estelionato eleitoral.
Assim como o PT em tempos remotos, Bolsonaro se elegeu com a bandeira da ética.
O fim dessa imagem do presidente é, em essência, o fim de seu governo. Como foi o fim do governo do PT.
Será impossível explicar como o então deputado estadual Flávio, que ganhava R$ 18 mil, recebeu num único mês R$ 96 mil em dinheiro vivo em sua conta.
Mais: dinheiro dividido em valores de R$ 2 mil.
Qualquer pessoa com um mínimo de inteligência ( mínimo do mínimo) sabe que esse é um truque conhecido para esconder a origem.
Mais: se encaixa perfeitamente no esquema de entradas e saídas nas contas de Fabrício Queiroz que, como todos desconfiamos, é apenas um laranja.
Sabemos que é apenas o começo.
Será que Sérgio Moro vai impedir que o Coaf, que está nas suas mãos, aprofunde as investigações?
Só se ele quiser rasgar sua biografia já arranhada depois que deixou o cargo de juiz.
Lembro de uma frase de Jair Bolsonaro sobre o caso Queiroz:
Se algo estiver errado comigo, com meu filho, com o Queiroz, que paguemos a conta. Dói no coração da gente? Dói, porque nossa maior bandeira é o combate à corrupção.” “

A conta é alta
Flávio Bolsonaro deveria renunciar seu mandato de senador, pedindo desculpas aos brasileiros.
Se vai funcionar não tenho certeza.
Afinal, a mulher do presidente recebeu dinheiro do Queiroz – Jair Bolsonaro jura que foi para ele em pagamento de uma dívida.
Uma das depositantes na conta do motorista era uma assessora do presidente – Nathália – que, durante 2 anos, nunca teve uma falta registrada no gabinete. Mas era, ao tempo, personal trainer em horário comercial.