Site bolsonarista associa jornalistas da Jovem Pan a cocaína

Por: Redação

Estilo irresponsável de fazer jornalismo.

O jornalista Allan dos Santos, editor do site Terça Livre, ligado a Jair Bolsonaro, insinuou em seu perfil pessoal no Twitter o envolvimento de jornalistas da Jovem Pan com cocaína.

Não deu nomes. Nem citou a rádio, embora ficasse claro – a rádio fica na avenida Paulista.

O @LorenzonItalo ficou chocado ao ver um jornalista cheirando cocaína no Palácio do Planalto no dia da posse presidencial. É que ele não frequenta os estúdios perto da Av. Paulista, acho. Como também não frequento, também me choquei.

Os ataques começaram hoje de manhã.

Ele ficou irritado com comentários de jornalistas da Pan.

Foi provado que a “notícia” contra o Estadão, baseada em áudio, era falsa – o que mereceu comentários críticos de jornalistas da rádio.

Allan colocou os profissionais como cúmplices do suposto clima.

Falem do seu patrão e depois voltem para o andar dos adultos. Até lá, não tenho tempo para crianças birrentas.

Ele também ataca o chefe de jornalismo da Jovem Pan, Felipe Moura, que já foi discípulo de Olavo de Carvalho – agora é atacado por seus seguidores como Allan dos Santos.

Claro que tudo isso seria glorioso se eu ocultasse as informações da Polícia Federal do meu chefe para me tornar o chefe do departamento de jornalismo da empresa dele. Ainda bem que isso só ocorre na Terra do Nunca, né?!

O comentarista da Jovem Pan, Carlos Andreazza insinua que o problema de Allan dos Santos com a rádio é ressentimento.

A acusação contra o dono da Jovem Pan, Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho – mais conhecido como Tutinha –  é de evasão de divisas, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Notícia do Terça Livre:

A denúncia faz parte da Notícia Fato assinada procurador da república Sílvio Luís Martins de Oliveira de número 1.34.001.0063220/2016-03. Nela constam três filhos de Tutinha e Maria Alice Carvalho Monteiro de Gouvêa, prima dele, que seria responsável pelo envio de recursos ao exterior para dissimular o nome do empresário.

“Ressalte-se, por oportuno, que a remessa significativa de divisas para o exterior, sem a comprovação nos autos, indica possível envio de recursos de forma ilegal ou para o fim de promover lavagem de capitais.“, afirma o procurador partindo de uma representação da ex-mulher de Tutinha, Flávia Eluf Lufty.

O procurador determinou à Polícia Federal o envio de ofícios à Secretaria da Receita Federal para indicar se os filhos, a prima ou a empresa dela (Consenso Investimentos Ltda), respondem processo, e a requisição à Receita Federal dos dados fiscais de todos os envolvidos entre 2010 e 2016.

“Sugere-se, ademais, a análise das movimentações bancárias dos envolvidos, referente ao mesmo período, com o objetivo de determinar os caminhos trilhados pelos valores sob análise. Por fim, sejam expedidos ofícios ao Bacen (Banco Central) para que informe se possuem registros das operações de câmbio contratadas pelos investigados acima, bem como promova-se suas oitivas, a fim de que esclareçam e comprovem os fatos noticiados, dentre outras providências a serem adotadas a critério da autoridade policial.”, notificou.

Segundo a denúncia, a notícia foi acompanhada de centenas de cópias de documentos e um pen-drive do próprio Tutinha com informações sobre os supostos crimes.