Tatuagem de pênis em mulher viraliza e dá aula de bom jornalismo

É uma arte do jornalismo escrever reportagens sobre pessoas desconhecidas.
Não é fácil.
Falar de pessoas famosas e conhecidas já serve como isca para o leitor.
Basta colocar o nome – e pronto, já pescou a atenção.
Com pessoas desconhecidas, a história tem de vir na frente, costurando uma narrativa.
Considerei um ótimo exemplo uma reportagem da Veja sobre um mulher de 53 anos que decidiu tatuar um enorme pênis no braço.
Um pequeno escorregão faria desse caso um deboche ou desrespeito.
Nas mãos do repórter Ricardo Chapola, virou um caso de afeto de uma família e prazer de viver o novo.
O nome dela Rosineia de Aguiar Gomes, de 53 anos.
Foi sua primeira tatuagem na vida.
E decidiu fazer um pênis gigante no braço.
A tatuagem viralizou depois que o surpreso tatuador fez essa post abaixo.
O post farejou ali um bom caso para contar.

Trecho da reportagem:

Em entrevista a VEJA SÃO PAULO, Rosineia contou que escolheu tatuar a imagem “porque gosta muito” e afirmou que não se arrependeu. “Gosto muito, então fiz. Ficou linda. Amei demais”, afirmou a mulher, que contou com o apoio dos dois filhos.

Foi um deles, inclusive, que indicou o estúdio para a mãe. Fica próximo da casa da família em Rio das Ostras, no interior do Rio de Janeiro.

A filha mais velha de Rosineia, de 19 anos, gosta muito do serviço do tatuador Maurício Miranda, de 37 anos. A garota tem estampada no corpo uma borboleta criada por ele.

Rosineia afirma que não se inspirou em ninguém em específico, mas que sabia muito bem como gostaria que fosse o desenho. “A cliente foi me dizendo como ela queria: torto, reto, essas coisas. Fiquei constrangido, mas fiz”, relata Miranda.

Quando a mulher chegou ao endereço com a ideia, Miranda jurou ter entendido errado. Tentou ser discreto: “‘Mas que modelo de tênis a senhora gostaria de tatuar?’”, perguntou. “Ela me respondeu: ‘Não meu filho. Quero tatuar um pênis’”.