‘Tetas’ da Globo, Dória e Huck mostram desespero de Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro tem atacado sistematicamente jornalistas do Grupo Globo

Depois de dizer que Luciano Huck e João Dória “mamavam nas tetas” do governo, por ter financiado seus jatinhos com recursos do BNDES, o presidente Jair Bolsonaro ataca a TV Globo –e, mais uma vez, fixado nas “tetas”.

Na visão do presidente, a Globo apenas o ataca porque não teria mais as “tetas” do governo.

“O Jornal Nacional não tem mais teta, não estão mamando mais, não tem mais propaganda oficial do governo. O esporte agora é me atacar. Não vão conseguir, o couro aqui é grosso”, disse o presidente.

O presidente Jair Bolsonaro tem atacado sistematicamente jornalistas do Grupo Globo
Créditos: Marcos Corrêa/PR
O presidente Jair Bolsonaro tem atacado sistematicamente jornalistas do Grupo Globo

Há dias ele voltou a falar em “tetas” para jornalistas da Globo, que fizeram palestras ao Senac.

Um deles, Merval Pereira.

Foi a pior Fake News da vida de Bolsonaro.

Não que seja a maior mentira.

Mas pela forma como foi divulgada, embutida numa chantagem.

Para aumentar o vexame, o anúncio de Bolsonaro foi em tom de grande bomba:

“Acabei de postar aí uma matéria sobre o Merval Pereira. Palestra por 375 mil reais, tá legal? Tá ok? 375 pau uma palestra no Senac, tá ok? Façam matéria agora. Se vocês não fizerem nenhuma matéria sobre isso amanhã no jornal eu não dou mais entrevista pra vocês, tá legal? Tá combinado? Toda a imprensa. Tá combinado? E tem mais nome também, eu só botei um nomezinho hoje. Não estou perseguindo ninguém. Agora, gastar dinheiro público pra palestras, aí é brincadeira. Fica escrevendo o tempo todo lá críticas, criticar mas mostrar que é uma pessoa isenta, né? Imprensa isenta. Se não fizerem matéria escrita amanhã nos jornais, não tem mais entrevista pra vocês aqui, tá legal?”

Esses casos da Globo, Luciano Huck e João Dória apenas mostram que Bolsonaro, cada vez perdendo mais apoio da opinião pública, segundo as pesquisas, perde seu pouco controle.

Ele dá sinais de desespero, buscando rivalizar com qualquer pessoa que o ajude a manter seu nicho.

Ocorre que, como mostrou Datafolha, ele perde força entre seus seus eleitores.