TV Record participa da farsa de Jair Bolsonaro com jornalistas
Jair Bolsonaro deu três explicações diferentes sobre por que não participaria, em Davos, na Suiça, de uma entrevista coletiva em que estariam jornalistas dos principais veículos de comunicação do mundo.
Primeira: teria sido abordo de forma inapropriada por um jornalista.
Segunda: o presidente teria de descansar por causa de uma agenda carregada.
Terceira: recomendação médica.
Sabíamos que era uma farsa.
O que ele não queria mesmo – compreensível, aliás, – era ter de dar explicação sobre seu filho Flávio, agora associado às milícias que mataram Marielle Franco.
Um assunto difícil.
Jair Bolsonaro sempre defendeu as milícias e se calou na morte da vereadora.
Além disso, o discurso de Bolsonaro foi muito criticado pela generalidade e superficialidade por grandes veículos de comunicação dos Estados Unidos e Europa – e os repórteres estariam lá na coletiva.
A farsa ficou completa com a TV Record, aliada de Bolsonaro.
Ele não pode atender a imprensa de todo o mundo.
Mas teve tempo de dar uma entrevista à TV Record para defender Flávio, argumentando que que atacam seu filho para atingi-lo.