Vídeo de brasileiros sobre câncer de mama emociona o mundo
Esse vídeo sobre o câncer de mama é ao mesmo tempo belo e chocante.
Mistura dor e alegre.
Mas, sobretudo, mostra a química da solidariedade com a criatividade.
O drama de uma doença pode se transformar em arte e superação.
Escolhemos esse vídeo em nosso programa “As Melhores Surpresas do Mundo”.
Tatuadores do mundo se uniram em uma ação para restabelecer a autoestima e aliviar as sequelas psicológicas de mulheres que enfrentaram o câncer.
Indo além do caráter estético e ritualístico das tatuagens, passaram a oferecer seus serviços para cobrir cicatrizes, recuperar auréolas de mamilos e redesenhar sobrancelhas e cílios perdidos durante o tratamento quimioterápico.
Ações como essa se multiplicam em vários estados no Brasil.
A Tatoo Week, considerada a maior convenção do mundo, se mobilizou em sua última edição e ofereceu tatuagem gratuita para mulheres afetadas pelo câncer.
Sobre tatuagens realizadas com esse novo propósito Rodrigo Catuaba, tatuador do Rio de Janeiro afirma:
“Uso uma técnica conhecida como realismo e aplico projeções de luz e sombra para dar o efeito 3D. É uma mistura de cores e formas. As mulheres saem daqui felizes e emocionadas, mas mal sabem que quem fica mais feliz sou eu. Nada é mais compensador do que ver essas mulheres refazendo as suas vidas, felizes, se aceitando, recuperando a autoestima. Esse é um trabalho que faço com o maior prazer e faço questão de não cobrá-lo”.
Na outra ponta dessas ações, os relatos são ainda mais tocantes.
Mulheres que passaram pelo traumatizante processo da doença e receberam as tatuagens, revelam as transformações ocorridas em suas vidas através da recuperação da autoestima e aceitação do próprio corpo.
Elaine Lopes, professora selecionada para o projeto “Uma Tatuagem Por Uma Vida Melhor”, do tatuador paraibano sediado em São Pauo, Miro Dantas.
“O trabalho ficou incrível! Quando me olhei no espelho, fiquei muito emocionada. Não é possível descrever o que senti. Achei que nunca fosse ver o meu corpo de volta em mim. A minha família, que – vejam só – nunca gostou muito de tatuagem, também não acreditava na perfeição do trabalho. Como disse no início, muitas pessoas, infelizmente, ainda marginalizam a tatuagem sem nem imaginar o que esse trabalho é capaz de fazer. No meu caso, foi a recuperação da minha autoestima e a possibilidade de poder me gostar novamente.”
Atitudes como essas mostram a força da união da criatividade com a solidariedade.