Jobs: o melhor de viver nos Estados Unidos

Steve Jobs sintetiza o que existe de melhor e mais encantador nos Estados Unidos –é algo que gostaria (e muito) de ver no Brasil. É um dos símbolos da reverência de uma nação ao espírito empreendedor e à inovação. Arriscar para inovar faz parte da alma profunda dos americanos, estimulando talentos.

Essa é uma das razões que explica por que, na lista de qualidade de ensino superior que acaba de ser divulgada, os Estados Unidos têm tantas universidades entre as melhores do mundo. O que se elogia nas universidades é menos como se ensina ou até o que se ensina, mas as inovações relevantes que produzem, mudando o mundo. Daí a importância de ir além do campus e estabelecer parcerias com governos e empresas.

Isso é o que permite que, do campus, do dormitório, comecem desenhos de empresas como Microsoft, Google ou Facebook. Ou que, em torno delas, montem-se parques tecnológicos.

Jobs nem tem ensino superior. Mas se beneficiou desse ambiente inovador, já que está localizado no Vale do Silício, impulsionado em grande parte por Stanford.

Ele é o típico inovador, que fez de sua garagem (literalmente) um misto de laboratório com centro de inovações.

Tipos como ele transmitem mensagens diárias para outros jovens serem ousados, pensarem grande, arriscarem, serem empreendedores.

O melhor de viver aqui, ainda mais morando dentro do campus de Harvard, é ver de perto essa agitação permanente que, mesmo com a crise, está longe de ser abatida.

*Artigo publicado por Gilberto Dimenstein nesta quinta-feira, no coluna do jornal Folha de S. Paulo.

Por Redação