Zumbis: mortos na tela, vivos na realidade

Por: Catraca Livre
Capa do livro “Zumbis: O Livro dos Mortos”
Capa do livro “Zumbis: O Livro dos Mortos”

Enquanto lobisomens, bruxos, vampiros e fantasmas continuam figurando no hall da fama dos filmes de terror, os zumbis, criaturas tidas como a escória das criações, continuam dependendo dos games e de grandes epidemias para continuar aparecendo nos thrillers.

Isso é o que defende o livro “Zumbi: O Livro dos Mortos”, escrito por um dos maiores defensores dos devoradores de cérebro, o jornalista Jamie Russel. O escritor parte da constatação que na extensa bibliografia sobre o gênero terror, os zumbis mereceram pouca atenção. Para Russel, parte desse descaso deve-se à falta de “herança literária”: enquanto as centenas de versões de Drácula descendem do romance de Bram Stocker, outros tantos Frankenstein possuem algum grau de parentesco com a obra de Mary Shelley – e esses enredos encontram inspiração, muitas vezes, no folclore e em antigas lendas populares. Já os zumbis são monstros modernos, nascidos no século XX, cuja aparição no mundo anglo-saxônico o autor situa no ano de 1929.

Apesar da falta de glamour, eles vieram para ficar. Mesmo antes de brilharem no videoclipe “Thriller” de Michael Jackson, já haviam conquistado um lugar na cultura pop, presentes em uma extensa lista de filmes. Entre eles destacam-se títulos consagrados pelo público e pela crítica especializada, como A Morta-Viva de 1943, Vampiros de Almas de 1956, A Noite dos Mortos-vivos de 1968 e Despertar dos Mortos de 1978. Atualmente a série de história em quadrinhos “The Walking Dead” é a produção que mais explora o ambiente do zumbi. Criada em 2003 pelo escritor Robert Kirkman e ilustrada por Tony Moore, as HQs foram adaptadas para a série de TV homônima, exibida no Brasil pela FOX. A série conta a história de um grupo de pessoas que tenta sobreviver de um apocalipse provocado por uma grande epidemia que transformou a raça humana em zumbis.

Se, de acordo com o poeta da Internet Alelex,  “os zumbis são a prova morta de que alguém morto pode ser a prova viva de que existe vida após a morte”, você pode conferir lendo um trecho do livro aqui.