Ameaçado de morte, ministro de Bolsonaro vive dia de Jean Wyllys

As milícias digitais de Bolsonaro têm agora um inusitado foco: alguém que sempre esteve ao seu lado.

Não apenas do lado.

Há suspeitas de que ajudou a desenvolver essas milícias.

Um dos principais articuladores da campanha eleitoral de Bolsonaro, Gustavo Bebianno sabe os bastidores de como se usaram as redes sociais – especialmente o WhatsApp – para difundir Fake News, ofensas e ameaças.

Foi assim que, aliás, Bolsonaro venceu: ganhando as redes sociais.

Justamente foram essas ameaças que estimularam Jean Wyllys a abandonar do Brasil.

E muita gente ligada a Bolsonaro – inclusive ele próprio – desdenhou, ironizou e debochou.

Agora, quem está vivendo dia de Jean Wyllys é Gustavo Bebianno.

Ele está recebendo ameaças de morte enviadas por WhatsApp.

Isso significa que alguém vazou seu número privado de celular do ministro.

Seu número foi espalhado nas redes sociais.

Desde o final de semana, circulam informações de que Bebianno poderia abalar o presidente com denúncias.

Na conversas íntimas, ele chamou Bolsonaro de “louco”, “paranóico”.
Até disse que teria de pedir desculpas por ter ajudado a elegê-lo.

Trecho da notícia da Folha

Um dos interlocutores de Bebianno diz acreditar que 99% das ameaças são “bravatas” de “bolsominions”, como são chamados os apoiadores mais radicais do presidente Jair Bolsonaro (PSL) nos meios de oposição.

Apesar disso, ele está sendo aconselhado a cuidar de sua integridade física. No domingo (17), depois que diversos meios de comunicação publicaram que ele poderia cair atirando em Jair Bolsonaro, Bebianno disse à coluna que não pensava em atacar o presidente.