Campanha de segurança nas estradas calcula risco de direção cega

Na Bélgica, plataforma converte caracteres digitados ao volante em metros percorridos pelo carro para alertar sobre o perigo desse tipo de distração

Não feche os olhos. Temos uma notícia muito importante. Mas não está lendo enquanto dirige, certo? Pois, se estiver, é melhor focar o caminho. Esperamos que não seja daqueles que também digita ao volante e dirige às cegas. Afinal, mesmo palavras curtas significam metros de percurso sem prestar atenção no caminho. Quer saber quantos? Uma campanha de segurança nas estradas, feita na Bélgica, vai mostrar a você.

Essa campanha foi selecionada pelo “Causando”, do projeto Mestres da Criatividade, da Catraca Livre – selecionamos as mais criativas publicidades com causa.

Por meio de um site geolocalizado, o programa BlindMeters – ou metros às cegas, em tradução livre – transforma o Google Maps em um editor de texto.

Assim, uma fonte personalizada é conectada aos dados da estrada em que o motorista está localizado, como os de geometria e limitação de velocidade. Quando ele digita, a mensagem é convertida em metros percorridos. E projetada ao longo da via, com o uso de imagens de satélite.

Então, o perigo se revela. Um único caractere digitado a 90 km/h significa dirigir 19,75 metros de olhos fechados. Dez caracteres, que formam a expressão “Quase em casa” em inglês (“Almost home”), transformam-se em 289 metros de condução sem enxergar.

A campanha de segurança nas estradas foi realizada pela agência Happiness de Bruxelas para a FCB, organização belga que reúne pais de vítimas de acidentes de trânsito.

A campanha de segurança nas estradas transforma caracteres digitados em metros percorridos às cegas
Créditos: Reprodução/BlindMeters
A campanha de segurança nas estradas transforma caracteres digitados em metros percorridos às cegas

A iniciativa inclui comerciais para cinema e televisão, além de filmes que mostram as pessoas percorrendo a pé a distância correspondente à última mensagem de texto que digitaram.

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