Dimenstein: só os ignorantes não têm medo do “Risco Bolsonaro”
O título da minha coluna foi inspirado numa entrevista que li hoje na Folha de S. Paulo sobre os riscos ao Brasil caso a reforma na previdência não seja aprovada.
Daí que devemos temer o “Risco Bolsonaro”.
O presidente junto com sua família já mostrou o que faz um macaco em loja de louça.
Colocou para seu líder na Câmara um deputado inexperiente que só lidera a ele próprio.
Fica vendo fantasmas e criando crises; seus filhos não param de aprontar.
Trecho da matéria na Folha:
O economista José Roberto Mendonça de Barros diz não ter dúvidas: se o Congresso não aprovar a reforma da Previdência, o Brasil voltará para a recessão, que castigou o país do segundo trimestre de 2014 até o fim de 2016.
Um dos analistas que mais conhecem a realidade do chão de fábrica, ele afirma que as pessoas estão muito machucadas, com medo de gastar, e que os empresários que viram a falência de perto não vão investir se não estiverem muito seguros.
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“Nunca foi tão claro que estamos diante de uma bifurcação. Ou voltamos a crescer com estabilidade ou afundamos de novo na mediocridade”, disse Mendonça de Barros, sócio da MB Associados e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda no governo FHC.
Para a reforma não sucumbir no Congresso, é necessária habilidade – muita habilidade – para negociar.
É necessária ainda mais habilidade para se comunicar com a população.
Nesse momento, aqueles que Bolsonaro elegeu como seu grandes inimigos – os jornalistas – são seus grandes aliados, alertando com argumentos sólidos por que a reforma é necessária.