El País: ‘monstros do ódio’ não perdoam nem morte de neto de Lula

A morte do pequeno Arthur Araújo Lula da Silva , neto do ex-presidente Lula, só comprovou que somos um país de imbecis.

A sensibilidade que temos de nos mobilizarmos em tragédias, como a de Brumadinho, se contrapõe com as diferenças políticas, que faz brotar “monstros do ódio” num momento de dor de um avó que acabou de perder seu neto de apenas 7 anos.

Ex-presidente Lula e seu neto Arthur, morreu em decorrência de meningite meningocócica
Créditos: Reprodução
Ex-presidente Lula e seu neto Arthur, morreu em decorrência de meningite meningocócica

“Após todo o ódio e insultos sujos lançados contra Lula ao ter perdido o neto, é possível continuar acreditando no Brasil?”, pergunta o jornal espanhol “El País”, em sua edição deste sábado.

O jornalista Juan Arias destaca a reação de internatutas nas redes sociais que atribuíram a morte do pequeno Arthur a “um castigo de Deus”.

“Sabíamos que no Brasil, majoritariamente solidário, sensível à dor alheia e que ama as crianças, existiam monstros de ódio. Confesso, no entanto, que ignorava que eram tantos e com tanta carga de sadismo. É isso que mostram os comentários sórdidos e até blasfêmias que invocam Deus como o motivo da morte de Arthur, de sete anos, o inocente neto de Lula”, escreve o jornalista.

Para o colunista, é injustificável transformar a morte do menino e a dor de um avô com a perda do neto em “brincadeiras bobas, ironia e sarcasmo”.

O jornalista diz ainda que “Lula, mesmo condenado e na prisão, não perdeu sua dignidade como pessoa, nem o pedaço de história positiva que deixou escrita no país”.