Folha descobre uma misteriosa e suspeita Van de Jair Bolsonaro
Em sua declaração à Justiça Eleitoral, Jair Bolsonaro afirma que, em 2017, vendeu uma Van de sua propriedade que custaria R$ 89 mil.
Mas a pessoa que comprou pagou, segundo os documentos, apenas R$ 10 mil.
O veículo foi vendido para um assessor da família: Jaci Santos, ex-soldado da brigada de Infantaria Paraquedista.
Quando comprou o veículo, Jaci era assessor de Flávio Bolsonaro.
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Trecho da reportagem
Segundo o artigo 350 do Código Eleitoral, a prestação de informação irregular à Justiça Eleitoral pode ser caracterizada como crime de falsidade ideológica. Seu autor fica passível a até cinco anos de reclusão, além de multas, desde que comprovada a intenção do candidato de burlar a lei.
Segundo especialistas em direito eleitoral ouvidos pela reportagem, a inclusão extra de bens na lista encaminhada ao TSE poderia servir para inflar o patrimônio para, depois, mascarar uma futura evolução.
Procurada desde o início desta semana e informada sobre o teor da reportagem, a Presidência da República não quis se manifestar. “O Planalto não irá comentar”, afirmou a assessoria de Bolsonaro.