Folha: Sérgio Moro conhece novas ameaças a Wyllys e familiares

A jornalista Mônica Bergamo revelou em sua coluna que o deputado Jeans Wyllys informou ao ministro Sérgio Moro estar recebendo ameaças, enviadas também a seus familiares.
As ameaças chegaram nos últimos dias.

Trecho da coluna:

“Isto não é uma bravata, é só um aviso”, diz a mensagem. “Foram colocados três sicários ao serviço de nossa corporação Comando Virtual Macelo Valle. Dado como objetivo, fora solicitado a eliminação de três alvos de forma não consecutiva”.

Em seguida, são citados irmãos do parlamentar e os números de seus respectivos documentos.

“O Jean pode estar exilado na Europa, ‘seguro’, mas não podemos dizer o mesmo de vocês”, finaliza o autor da ameaça.

Mas continua o deboche

Esses quadrinhos foram disseminados no perfil de Eduardo Bolsonaro para debochar das ameaças realizadas contra o deputado Jean Wyllys, que decidiu abandonar o Brasil.

Ele segue a mesma linha do pai e do irmão Carlos que partiram para o deboche, mas, diante da repercussão, tentaram negar o recado.

Eduardo vai além, insinuando que o autoexílio de Jean Wyllis é encenação.

“O mesmo homem que ameaçou Jean Wyllys também ameaçou Magno Malta, está no processo judicial. Será que @MagnoMalta também vai sair do Brasil? Outra coisa, como dizer que o Estado foi omisso se o réu foi condenado a 41 anos de prisão por terrorismo, racismo e pedofilia em 2018?!”, disse Eduardo Jair Bolsonaro no Twitter.

O jornal O Globo revelou uma série de ameaças a Jean Wyllys.

“Você pode ser protegido, mas a sua família não. Já pensou em ver seus familiares estuprados e sem cabeça?”

“Vamos sequestrar a sua mãe, estuprá-la, e vamos desmembrá-la em vários pedaços que vamos te enviar pelo Correio pelos próximos meses. Matar você seria um presente, pois aliviaria a sua existência tão medíocre. Por isso vamos pegar sua mãe, aí você vai sofrer”.

“Vou te matar com explosivos”, “já pensou em ver seus familiares estuprados e sem cabeça?”, “vou quebrar seu pescoço”, “aquelas câmeras de segurança que você colocou não fazem diferença”.

Disparadas pelas redes sociais, no e-mail e telefone do gabinete em Brasília, ou no e-mail pessoal do próprio deputado, os textos levaram a Polícia Federal a abrir cinco investigações sobre as ameaças e obrigaram o deputado a andar com escolta policial desde março do ano passado. Ele era acompanhado o tempo todo por três agentes e transportado com o suporte de dois carros blindados.