Globo diz que Jair Bolsonaro quer distância de seu filho Flávio

Nota da coluna “Politicando” indica que Jair Bolsonaro quer distância e seu filho Flávio para não afetar seu governo.

Na contramão da estratégia do governo, Flávio se atrela a Jair Bolsonaro

Desde o agravamento do caso Queiroz, o presidente Jair Bolsonaro não fez sequer um movimento público em defesa do filho Flávio – uma declaração, um tuíte, nada.

Pelo contrário: a tática do Planalto, expressada por ministros e aliados, tem sido dizer que o governo não tem nada a ver com o rolo.

O que se nota às claras é um esforço de assessores presidenciais em tentar evitar que a crise de Flávio Bolsonaro chegue ao Palácio do Planalto.

O vice-presidente Hamilton Mourão chegou a dizer que a preocupação com Flávio é do pai Jair, não do presidente.

O núcleo militar vem há tempos advertindo Bolsonaro sobre os riscos políticos com a extrema proximidades dos filhos com o pode.

Vejam essa notícia do G1.

O presidente da República em exercício, Hamilton Mourão, afirmou nesta terça-feira (22) que o “único problema” do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, é o “sobrenome”.

Vice-presidente da República, Mourão deu a declaração ao ser questionado sobre as movimentações financeiras atípicas de Flávio e do ex-motorista dele Fabrício Queiroz, identificadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

“O único problema do senador Flávio qual é? O sobrenome, não é?” disse Mourão.
Flávio Bolsonaro, segundo o Coaf:

Mourão tem afirmado que o caso envolvendo Flávio e Queiroz não é problema do governo, mas, sim, do senador eleito e do ex-motorista.

“O problema é dele [Flávio]. Mas o que acontece? Há essa repercussão toda pelo sobrenome dele. Assim como ele, tem mais outros 25 lá da Assembleia Legislativa investigados por problemas similares”, declarou.

Na semana passada, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a um pedido de Flávio Bolsonaro e determinou a suspensão temporária das investigações envolvendo as movimentações atípicas.

O filho de Jair Bolsonaro argumentou que as regras foram “burladas” e, segundo Fux, se o processo não fosse paralisado, as provas poderiam ser anuladas.